Brumado: `É uma ação totalmente arbitrária, a área continua ocupada´, diz o líder do Movimento Rumo a Moradia ao lado do IFBA

Cerca de 20 homens da Cipe/Sudoeste participaram da ação (Foto: Luciano Santos l 97NEWS)

Um dos lideres do Movimento Rumo a Moradia (MRM) do terreno ao lado do IFBA, próximo ao Bairro São José, em Brumado, conhecido apenas pelo prenome de Roberto, considerou a ação de reintegração de posse por parte da prefeitura municipal como arbitrária. Em contato com a nossa redação, por telefone, "Robertinho" como é conhecido, informou que em nenhum momento os ocupantes do terreno receberam por parte da justiça ou pelo setor jurídico do município o aviso de reitegração de posse. "O movimento continuará no terreno, visto que a reintegração de posse, como eles dizem, foi unilateral, apenas da prefeitura, sem registro na comarca local, utilizou o poder de polícia e com o apoio da segurança do estado para pressionar o movimento", diz Roberto. Ainda de acordo com o lider do MRM, o terreno hoje em questão e o próprio Parque de Exposições já foram ocupados há 23 anos atrás pelo movimento. 

As famílias questionaram a ação da prefeitura de Brumado (Foto: Luciano Santos l 97NEWS)

"Nesse período, de lá para cá, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) solicitou a medição topográfica de todo o terreno, com intuito de realizar a entrega da posse das terras, mas com as medições erradas, a área consta como devoluta, ou seja sem nenhum posseiro", completou. As famílias que estavam no local diante da possível reitegração de posse do município, relataram a nossa equipe que eles optaram por abrir pequenos lotes para várias famílias utilizarem como moradia. "São 400 famílias em busca do sonho da casa própria, e ai vem o município, que se diz dona do terreno querer tomar isso de nós, não aceitamos", disse uma integrante do movimento. Ainda segundo Roberto, os ocupantes só deixarão o terreno se a prefeitura apresentar uma petição da União dando posse ao Município. "O movimento considera a administração pública irregular tão como os próprios invasores. É uma ação totalmente arbitrária, nós vamos acionar a justiça e saber de onde partiu a ordem para essa desocupação. A área continua ocupada”, finalizou o líder.

O setor jurídico do município acompanhou de perto a reintegração de posse (Foto: Luciano Santos l 97NEWS)